Bate-Caixa é uma variante do Jongo, É uma dança coletiva do interior do Estado de São Paulo,seu berço de origem. O Bate-Caixa é dançado por ocasião das festas do Divino Espírito Santo.Instrumentos musicais: tambor e instrumentos regionais.
Coreografia: é uma dança de roda. Apresenta como característica, diferente das danças comunsdeste gênero, a circunstância de ficarem os músicos no meio do circulo. Os dançarinos giramsempre em cadência lenta. O tambor (caixa surda) destaca-se dos demais instrumentos. Cantamem diálogo: “O cabelo do santo... é ouro só”. “Os olhos do santo... é ouro só”. “Os dentes dosanto... é ouro só”.É dança do gênero do Jongo, entretanto, difere do Jongo típico e do Bambelô, que têm maisreviravoltas e requerem uma agilidade incrível.Data de registro: meados do século XX (~1950)
BATE-PÉ Bate-Pé é uma dança sapateada (regional), simples e de fácil execução, mas muito poucodifundida. Sua realização não depende de orquestra ou de emprego de instrumentos, bastandoapenas uma viola para animar o folguedo. É mais popular no interior do Estado de São Paulo.Data de registro: meados do século XX (~1950)
CARNAVAL Festa popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia).O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil.Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu.Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados.
Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

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